terça-feira, 27 de outubro de 2009

24. FUNDAÇÃO DA SOCIEDADE CEARENSE LIBERTADORA

(Bandeira provincial do Ceará Século XIX)

Às 11 horas do dia 8 de dezembro de 1880 dava-se inicio a solenidade de fundação da Cearense Libertadora por sócios da Perseverança e Porvir, ocorrido no salão de honra da Assembleia Legislativa provincial. Na ocasião deu-se a libertação de cinco escravos sendo três adultos e duas crianças, bem como, a inscrição de 225 sócios a instituição. Subiram a tribuna para realizarem acalorados discursos ilustríssimos abolicionistas como; Exmo. Senhor Conselheiro André Augusto de Pádua Fleury (presidente da província do Ceará a época), Sr. Gonçalo de Almeida Souto, Sr. João Batista Perdigão de Oliveira, Sr. Antonio Papi Junior, Dr. Frederico Borges e por entre palmas a figura do simpático Dr. G. Studart como representante do Gabinete de Leitura. Todos os discursos eram igualmente concluídos com mil vivas e estrondosas salvas de palmas. Dr. Picanço ofereceu as rendas da opereta Madame Angot na Munguba, de sua autoria e em cartaz no Teatro São José a causa abolicionista, O Sr. Pedro Hipólito Girard ofereceu a renda de uma noite do seu quiosque-botequim localizado no passeio público, o distinto Venerável da Loja Maçônica Fraternidade Cearense ofertou a quantia de 50$000 mil réis de seu tronco beneficente e o Sr. César de La Camp (Cônsul da Alemanha) ofertou a quantia de 20$000 réis a causa libertadora. Às três horas da tarde, dava-se como encerrada a seção, com a cifra de 227 associados e com harmoniosas melodias das bandas da policia militar e do 15º Batalhão.